quarta-feira, 2 de junho de 2010

Campanhas publicitárias

Muitas campanhas publicitárias recorrem à eficácia do uso persuasivo de palavra para motivar e convencer o grande público a comprar os mais variados bens e serviços. A ação empreendida através da batalha verbal, que visa, tão somente, arrebanhar consumidores. Jogando com o sentimento e as paixões das pessoas, acordos fáceis são propostos.

Campanhas publicitárias utilizam constantemente termos de profunda significação e grande apelo emocional, como, por exemplo, "liberdade", "amor", "amizade", "felicidade", entre outros. As ideias que eles embutem são, então, vinculadas aos produtos que se deseja comercializar, com o intuito de convencer as pessoas a adquiri-los. Na maioria dos casos, estes termos são utilizados de modo gratuito; assim, o significado real deles termina esvaziado

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Riqueza


"Um homem é rico na proporção do número de coisas de que pode prescindir"

Thoreau em Walden ou a vidas nos Bosques

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Camus

"E depois, vamos direto ao ponto, eu amo a vida, eis a minha verdadeira fraqueza. Amo-a tanto,
que não tenho nenhuma imaginação para o que não for vida"

Camus em A Queda p. 58

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Desejo

É uma tensão em direção a um fim considerado pela pessoa que deseja como uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida.
Tradicionalmente, o desejo pressupõe carência, indigência. Um ser que não precisa de nada e não deseja nada, seria um ser perfeito, um deus. Por isso Platão e os filósofos cristãos tomam o desejo como uma característica de seres finitos e imperfeitos.

Os filósofos viram o Bem com o objeto do desejo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Thomas Eakins - Music 1904

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Simplicidade

"Simplicidade é a complexidade resolvida"

C. Brancusi

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Corelli

"Corelli - Concerto grosso in G minor op. 6"

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vidas Secas

"A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, sinha Vitória de pernas
cruzadas, as coxas servindo de travesseiros aos filhos. A cachorra Baleia, com o traseiro no chão e o resto
do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza.

Estava um frio medonho, as goteiras pingavam lá fora, o vento sacudia os ramos das catingueiras, e o
barulho do rio era como um trovão distante.

Fabiano esfregou as mãos satisfeito e empurrou os tições com a ponta da alpercata. As brasas estalaram,
a cinza caiu, um círculo de luz espalhou-se em redor da trempe de pedra, clareando vagamente os pés do
vaqueiro, os joelhos da mulher e os meninos deitados."

Trecho Vidas Secas de Graciliano Ramos

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Plotino

Diz:

- O mundo parte de Deus;
- A luz é a existência de Deus;
- A ausência de luz é o não existir
- Deus é o Uno que governa o mundo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Caravaggio

''O sacrifício de Isaac'' - Caravaggio

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cruéis

"Os fracos é que são cruéis. Só se pode esperar a brandura dos fortes"

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Elgar


Elgar - Nimrod (from ''Enigma Variations'')

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Bartleby

"Pela primeira vez em minha vida, fui tomado por um sentimento de opressiva e doída melancolia. Antes, eu jamais havia sentido qualquer coisa além de uma tristeza meio desagradável. O laço comum da humanidade fez com que eu fosse atingido por um irresistível desalento. Uma melancolia fraternal! Pois tanto eu quanto Bartleby éramos filhos de Adão. Lembrei-me das sedas cintilantes e dos rostos luminosos que eu havia visto naquele dia, em roupas de gala, deslizando como cisnes pelo Mississipi da Broadway; comparei-os com o pálido escriturário e pensei comigo mesmo: ah, a felicidade corteja a luz, então acreditamos que o mundo é alegre; o sofrimento esconde-se a distância, então supomos que não haja sofrimento. Esses tristes pensamentos - quimeras, sem dúvida, de uma mente doente e tola - levaram a outras reflexões especiais, essas a respeito das excentricidades de Bartleby. Pairavam sobre mim pressentimentos de estranhas descobertas. A silhueta pálida do escriturário surgia estendida, entre estranhos que não se importavam com ele, envolvida em um sudário gelado."

Trecho de Bartleby, o escriturário de Hermann Melville

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O homem é protagonista de sua vida

"O homem não pode se colocar no lugar de espectador da própria vida. Ao contrário, o protagonista do drama não está fora dele, nem antes dele: é a representação do drama. A identidade do homem tem como conteúdo seu próprio projeto, ou seja, o papel que decide representar no drama de sua existência - drama que, por sua vez, consiste e se esgota no argumento. O argumento e somento o argumento é a substância da vida.

Atirado em meio às circunstâncias, o homem tem de pré-determinar o que ele vai ser. Nem a vida pode ser pensada como substância, como Parmênides fez, nem o ser do homem é diferente do simples acontecer. E se é assim - se o homem é o que lhe acontece e aquilo que realiza -, então o homem tem história."

Ortega y Gasset

terça-feira, 11 de maio de 2010

Jan Steen - A school for boys an girls 1663

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ideia do futuro

"A ideia do futuro, prenhe de uma infinidade de possíveis, é pois mais fecunda do que o próprio futuro, e é por isso que há mais encanto na esperança do que na posse, no sonho do que na realidade"

Henri Bergson

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Semper Fidelis

Sousa, John Philip - "Semper Fidelis"

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Não tiro sombras dos buracos

"Por que era que eu estava procedendo à-tôa assim? Senhor, sei? O senhor vá pondo seu perceber. A gente vive repetido, o repetido, e, escorregável, num minuto, já está empurrado noutro galho. Acertasse eu com o que depois sabendo fiquei, para lá de tantos assombros... Um está sempre no escuro, só no último derradeiro é que clareia a sala. Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia. Mesmo fui muito tolo! Hoje em dia, não me queixo de nenhuma coisa. Não tiro sombras dos buracos".

Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas p.64

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Teoria das reminiscências

"Se for verdadeiro o que costumas dizer-nos com frequência, que o aprender (mathesis) não é
nada mais que recordar (anámnesis), é necessário que tenhamos aprendido, num tempo anterior, aquilo de que recordamos agora. E isso seria impossível se nossa alma não tivesse existido em outro lugar antes de assumir essa forma humana. De modo que também por esse caminho parece que a alma é algo imortal" (Platão, Fédon, 72e.

"Então, estando toda natureza relacionada e tendo aprendido a alma todas as coisas, nada impede que, lembrando somente de uma - isso que as pessoas chamam de aprender -, chegue a descobrir todo o resto, se for corajosa e não se cansar de investigar. Porque investigar e aprender não são nada mais que recordar". (Platão, Mênon, 81d.)



terça-feira, 4 de maio de 2010

Chardin, Jean Baptiste - Young man with violin 1735

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O que o dinheiro não compra

"Você precisa conquistar aquilo que o dinheiro não compra. Caso contrário, será um miserável, ainda que seja um milionário"


A.Cury

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Canção à vida

"Norma" de Bellini - Maria Callas

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A mãe

"Levanta, olha Dora com olhos agradecidos:

- Você é a mãezinha da gente, agora... - Mas fica encabulado do que diz, pensa que Dora não compreenderá mesmo porque ela está rindo com seu rosto sério de quase mulherzinha. Mas Professoar compreende, e Gato, na frente de Dora, falando numa voz feliz, mas sem desejo, chamando-a de mãe, e ela sorrindo com seu ar maternal de quase mulherzinha, fica gravado na cabeça de Professor como um quadro.

Gato joga o paletó nas costas e sai com seu passo gingado. Sente que há qualquer coisa de novo no trapiche: eles encontraram mãe, carinho e cuidados de mãe. Dalva o estranha nesta noite?

- Que foi que teve? Que foi?

Mas ele guarda seu segredo. É uma coisa tão grande demais encontrar na terra uma mãe que já morreu. Dalva não entenderia."

Trecho de 'Capitães de Areia' de Jorge Amado

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Como viver a vida

"O plano não faz a vida, mas é a vida que, vivendo, faz o plano. Não se esforce em regular sua ação pelo pensamento; melhor, deixe que aquela forme, informe, deforme e transforme seu plano. Vá saindo de você, revelando-se para você mesmo; sua personalidade estará totalmente formada no final da vida e não no começo dela; somente a morte completa e coroa a vida. O homem de hoje não é o de ontem, nem o de amanhã. Assim como você muda, deixe que mude seu ideal. Sua vida é, diante de sua consciência, a revelação contínua, no tempo, da sua eternidade, o desenvolvimento de seu símbolo; você se descobrirá na medida em que atua. Avance, pois, nas profundezas de seu espírito, e descobrirá a cada dia novos horizontes, terras virgens, rios de imaculada pureza, céus nunca vistos, novas estrelas e novas constelações. Quando a vida é profunda, é um poema de contínuo e ondulante ritmo. Não encadeie sua eterna condição, que se desenvolve no tempo, a fugidios reflexos dele. Viva cada dia nas ondas do tempo, mas assentado sobre sua roca viva, dentro do mar da eternidade; dia a dia na eternidade: é assim que você deve viver."

Miguel de Unamuno, Adentro!

terça-feira, 27 de abril de 2010


Bazille - Still Life with Fish 1866

segunda-feira, 26 de abril de 2010

"O gênio, significa em primeiro lugar, transcendente capacidade de sofrer"

T. Carlyle

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Offenbach

"Orpheus in Hades" Jacques Offenbach

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Procurar a si mesmo

"E nesse ponto abrasou-me de repente como aguda chama a revelação definitiva: todo homem tinha uma 'missão', mas ninguém podia escolher a sua, delimitá-la ou administrá-la a seu prazer. Era errôneo querer novos deuses, era completamente errôneo querer dar algo ao mundo. Para o homem consciente só havia um dever: procurar a si mesmo, afirmar-se em si mesmo e seguir sempre adiante o seu próprio caminho, sem se preocupar com o fim a que possa conduzi-lo. Tal descoberta comoveu-me profundamente e foi para mim como o fruto daquela vivência. Muitas vezes havia brincado com imagens do futuro e havia entressonhado os destinos que me estavam reservados, como poeta ou talvez como profeta, como pintor, ou de que modo fosse. E tudo isso era um equívoco. Eu não existia para fazer versos, para rezar ou para pintar. Nem eu nem nenhum homem existíamos para isso. Tudo era secundário. O verdadeiro ofício de cada um era apenas chegar a si mesmo. Depois, podia acabar poeta ou louco, profeta ou criminoso. Isso já não era coisa sua, e além de tudo, em última instância, carecia de todo alcance. Sua missão era encontrar seu próprio destino, e não qualquer um, e vivê-lo inteiramente até o fim. Tudo o mais era ficar a meio caminho, era retroceder para refugiar-se no ideal da coletividade, era adaptação e medo da própria individualidade interior"

Trecho de "Demian" Hermann Hesse

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Teoria da Sincronicidade

Tudo está ligado? É impressão? Segundo C. G. Jung, autor da Teoria da Sincronicidade, o princípio de conexões acausais é que rege as coincidências significativas. Elas acontecem quando um conteúdo inesperado - direta ou indiretamente ligado a um acontecimento objetivo - coincide com um determinado estado psíquico. A chave para compreender a sincronicidade é conectar os eventos externos com os internos e isso aumentará nossa capacidade de tomar boas decisões.

Nós não temos o controle nem precisamos ter, essa é a lição da sincronicidade, que afirma que há uma ordem subjacente aos fatos e que o horizonte se amplia à medida que aceitamos a existência do inesperado e do nonsense, com sua dose de surpresa e risco

terça-feira, 20 de abril de 2010

George Marks - The Rhododendron Walk

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Cópia

"Todos nós nascemos originais e morremos cópias"

Carl G. Jung

sábado, 17 de abril de 2010

Haicai

Noite na cabana -
Um grilo na prateleira
procura por algo.

Issa

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Overture

Beethoven - Overture "The Ruins of Athens" op. 113

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Numa cela ou num deserto está o infinito

"Reconhecer a realidade como um forma de ilusão, e a ilusão são como um forma da realidade, é igualmente necessário e igualmente inútil. A vida contemplativa, para sequer existir, tem que considerar os acidentes objetivos como premissas dispersas de uma conclusão inatingível; mas tem ao mesmo tempo que considerar as contigências do sonho como em certo modo dignas daquela atenção a elas, pela qual nos tornamos contemplativos.
Qualquer coisa, conforme se considera, é um assombro ou um estorvo, um tudo ou nada, um caminho ou uma preocupação. Considerá-la cada vez de um modo diferente é renová-la, multiplicá-la por si mesma. É por isso que o espírito contemplativo que nunca sai da sua aldeia tem contudo à sua ordem o universo inteiro. Numa cela ou num deserto está o infinito. Numa pedra dorme-se cosmicamente."

Fernando Pessoa em "O Livro do Desassossego" p. 118

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O tempo que pertence a nós


O que é duração para Bergson? Duração é liberdade temporal. Tempo qualitativo. Sabe-se que o tempo denominado objetivo é medido por intermédio dos relógios e outros mecanismos que apenas estão preocupados com o passar do tempo em sua forma sucessiva, mensurável. A duração para Bergson fundamenta-se, justamente, em outros elementos ligados à temporalidade. Qualidade do tempo. Subjetividade. Eis os conceitos essenciais que sustentam a duração. Como mensurar aqueles momentos que não "têm tempo"? Ou seja, momentos felizes que parecem voar? Ou momentos tensos que parecem dilatar cada instante? Como medir tal tempo se ele estaria ligado a uma sensibilidade única, singular e intransferível? Isso é duração. O tempo que jamais pode ser medido porque obedece a ritmos pessoais. Sabidamente, mais do que nunca, os complexos tecidos invisíveis que sustentam o poder e sua perversidade agudamente refinadíssima, nos dias atuais, centram-se em comprar o nosso tempo, buscando, dessa forma, esvaziar sonhos, projetos individuais e coletivos, vidas, subjetividades. Bergson resgata, em parte, um pouco de nossa potencialidade com indicativos de que ainda é possível, a duras penas, resgatar um tempo que pertence exclusivamente a nós e, como tal, incompartilhável.

Trechos do livro "Memória e Vida" de Henri Bergson

terça-feira, 13 de abril de 2010


Israels, Josef - Awaiting The Fishermans Return

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"O homem não é tão ferido pelo que acontece mais sim
por sua opinião sobre o que acontece" (Montaigne)

E ainda Nietzsche:

"Não há fatos, só interpretação"

sábado, 10 de abril de 2010

Bashô

The silence
The voices of the cicadas
Penetrates the rocks

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Metamorfose

"Quando certa manhã Gregor Samsa despertou, depois de um noite mal dormida, achou-se em sua cama transformado em um monstruoso inseto. Estava deitado sobre a dura carapaça de suas costas, e ao levantar
um pouco a cabeça viu a figura convexa de seu ventre escuro, sulcado por pronunciadas ondulações, em
cuja proeminência a colcha mal podia aguentar, pois estava visivelmente a ponto de escorregar até o solo.
Inúmeras patas, lamentavelmente esquálidas em comparação com a grossura comum de suas pernas,
ofereciam a seus olhos o espetáculo de uma agitação sem consistência."


Início do livro "A metamorfose" de Franz Kafka

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A guerra é o pai de todas as coisas


O mundo, dizia Heráclito, é um fluxo perpétuo onde nada permanece idêntico a si mesmo, mas tudo se transforma no seu contrário. A luta é a harmonia dos contrários, responsável pela ordem racional do universo. Nossa experiência sensorial percebe o mundo como se tudo fosse estável e permanente, mas o pensamento sabe que nada permanece, tudo se torna o contrário de si mesmo. O lógos é a mundança de todas as coisas, os conflitos entre elas, e a contradição. Por isso Heráclito dizia: " A guerra (ou a luta) é o pai de todas as coisas". O dia se opõe à noite, o quente ao frio, o úmido ao seco, o bom ao mau, o novo ao velho.

A ordem do mundo são essas oposições e a mudança contínua de um no outro.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

"ser como as coisas que não tem boca!
comunicando-me apenas por infusão, por
aderências, por incrustações...

Ser bicho, criança, folhas secas!
Bom é ser como o junco no chão
seco e oco"

Manoel de Barros

terça-feira, 6 de abril de 2010


Achenbach - Die alte akademie in Duesseldorf 1831

segunda-feira, 5 de abril de 2010

''Toda a dor deseja ser contemplada,
senão não será sentida''

Émile-Auguste Chartier

quarta-feira, 31 de março de 2010

"Só o presente é verdadeiro e real... Por conseguinte,
deveríamos dar-lhe uma acolhida jovial e fruir
com consciência cada hora suportável e livre de
contrariedades ou dores, em vez de turvá-la com
expressões carrancudas acerca de esperanças malogradas...
Quanto ao futuro, devemos pensar: isso repousa no colo
dos deuses".


Schopenhauer em seus Aforismos para a Sabedoria de Vida

terça-feira, 30 de março de 2010

Bierstadt - The Buffalo Trail

segunda-feira, 29 de março de 2010

A terra jamais se cansa,
a terra é rude, silenciosa, incompreensível à primeira vista,
Não desanimes, persevera, há segredos divinos bem guardados,
Juro-te que há segredos divinos mais belos do que as palavras
podem jamais descrever.

Allons! Não devemos parar aqui,
Por mais doces que sejam os bens armazenados, por mais
convenientes que sejam estas moradas, não devemos
permanecer por aqui.
Por mais aconchegante que seja este porto e por mais calmas que
sejam estas águas não devemos ancorar aqui,
Por mais convidativa que seja a hospitalidade que nos cerca, não se
nos permite recebê-la além de alguns momentos.


Walt Whitman